Condado Portucalense | Tóquio
Um título que reúne latitudes tão inusitadas que não resistirá em ler para ver que raio se passa dentro desta edição. No final há um vídeo divertido para compensar.
Sábado, 31 de julho - Edição #12
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O que se segue nestas linhas não pretende ser um trabalho académico e poder carecer de conceptualização ou da exactidão da academia. Quando começo uma edição nunca sei ao certo sobre que tema escreverei mais. Para uma abordagem teórica e consistente, recomendam-se várias leituras (ver final) que não podem ser chamadas complementares, mas, sim, essenciais, visto que esta edição poderá ser mais um preâmbulo ao tema da identidade nacional do que uma introdução digna desse nome.
Depois da religião e do capitalismo, outra das invenções mais arbitrárias e nocivas para a humanidade terá sido a dos estados-nação, isto é, dos países. Se lhe parece exagerado, importa relembrar que houve e continua a haver mortes em nome das três causas. Focando na última questão, é factual que, na esmagadora maioria, os respectivos limites geográficos foram definidos ora através da guerra, ora por mãos, régua e esquadro de outro(s) Estado(s) - colonizadores, portanto, por meio do conflito, novamente.
Latitude [Erro 404] - Condado Portucalense
A arbitrariedade na definição de fronteiras significa que o que actualmente é território de um país poderia muito bem ter sido outro ou de outro. Ou seja, se o Condado Portucalense tivesse o respectivo limite norte 50 quilómetros mais a sul, as pessoas que hoje vivem em Viana do Castelo viveriam, em princípio, em Espanha e estaria tudo ok na mesma.
Estaria tudo ok porque essa definição, em tempos medievais, pouca importância teria na contemporaneidade, tal como Olivenza ficou do lado espanhol e está tudo bem na mesma para os locais. A propósito, viver numa zona de fronteira europeia pré acordo Schengen comprova que a existência (física e imaginária) da mesma servia e serve mais propósitos administrativos do que limites culturais - e é aí que quero chegar.
Obviamente, há casos de assimetrias brutais entre países, como México e EUA, mas, se formos à fronteira da Califórnia (escolho esta zona porque já visitei e cruzei), as diferenças não são tão culturais quanto económicas (infraestruturas); e não são as últimas que influenciam a identidade nacional. Já agora, será que quem vive no Alaska se sente norte-americano? E porquê? E desde quando? Terá a cultura local mudado com a instalação de um braço administrativo norte-americano em 1884?
Voltando ao Condado Portucalense, poderá ter começado aí (provavelmente não) algo que hoje faça parte da cultura portuguesa, mas, ainda assim, nunca exclusivamente, porque, se viajarmos até à região minhota, quais serão, efectivamente, as grandes diferenças culturais (e endémicas) entre a margem norte e a margem sul do rio Minho? Não vale responder o idioma. Já agora, lembro-me de duas grandes vantagens em ser espanhol: pertencer a um país cujo hino não tem letra e poder torcer por uma selecção que tenta jogar bom futebol.
Para salvaguardar excepções, talvez importe referir que nem sempre se verifica essa homogeneidade cultural separada por linhas imaginárias; curiosamente, isso também comprova o argumento: na Catalunha há um claro sentimento de unidade e identificação cultural e não há fronteira entre dois estados-nação.
Não é intenção recusar a ideia de que se possa gostar de onde se vive ou de se ter orgulho nisso (orgulho no sentido de ficar contente com esse lugar - a palavra tem vários significados)… mas gostar da nacionalidade em si é duvidoso, pois engloba vários aspectos. Por isso, quando se diz ter orgulho de/em Portugal, pensar-se-á nas coisas boas que encontramos no país, mas não se pode obliterar as más, pois uma sociedade tem sempre muitas questões para/por resolver.
Mas as coisas negativas não serviriam o propósito com que se cunhou o conceito de Nação, que surge num momento em que “Enlightenment and Revolution were destroying the legitimacy of the divinely-ordained, hierarchical dynastic realm.”
As palavras são de Benedict Anderson, em Imagined Communities, que acrescenta ainda:
Coming to maturity at a stage of human history when even the most devout adherents of any universal religions were inescapably confronted with the living pluralism of such religions, and the allomorphism between each faith’s ontological claims and territorial stretch, nation dream of being free, and, if under God, directly so.”
Importa, também, ver o que diz Homi K. Bhaba na introdução de Nation and Narration:
“The nation’s ‘coming into being’ as a system of cultural signification, as the representation of social life rather than discipline of social polity emphasizes this instability of knowledge.”
E, já agora, vale a pena entender o conceito de invenção da tradição e o respectivo propósito. Escreve Eric Hobbsbawn:
[...] because so much of what subjectively makes up the modern ‘nation’ consists of such constructs and is associated with appropriated and, in general, fairly recent symbols or suitably tailored discourse (such as ‘national history’), the national phenomenon cannot be adequately investigated without careful attention to the ‘invention of tradition’.
Assim, conclui-se, como diz Stuart Hall, que “a national culture is a discourse – a way of constructing meanings which influences and organises both our actions and our conception of ourselves [...].”
Enveredando pela questão do orgulho nacional, e com pensamento menos sofisticado, creio valer a pena abordar a questão, primeiro, com o exemplo do êxito desportivo de atletas, neste caso, portugueses (tenho dificuldades com a expressão representar Portugal).
Podemos fazer um exercício rápido com Neemias Queta, que é o primeiro português a jogar na NBA. Terei orgulho (satisfação nos méritos de outrem) nesse enorme feito. Ficarei sobretudo orgulhoso e contente por viver num país em que as instituições desportivas nacionais proporcionam aos jogadores os meios necessários para triunfar. Mas cautela - tal não significa:
1) Que isso tenha mesmo acontecido - o êxito pode ser apesar de e não graças a.
2) Que deva alguma coisa aos cidadãos com quem acontece partilhar nacionalidade - o feito de Neemias dever-se-á, em princípio, a esforço, dedicação, talento, apoio do clube e colegas, e à família e amigos - isto é importante quando se exigem medalhas a atletas.
Assim, o orgulho nacional terá mais que ver com funcionamento das instituições, com políticas estruturais e com comportamentos civis. No meu caso, poderei ter orgulho quando constato que existem coisas bem feitas, como o Plano Nacional contra a Droga e Toxicodependências ou quando há decisões judiciais acertadas; naturalmente, sinto-me profundamente triste e revoltado com muito mais coisas: a falta de diversidade em lugares de decisão; ausência de debate em torno do passado colonialista e respectivas consequências; salários cronicamente baixos; polícias racistas e/ou com poder discricionário ou instituições assassinas (entre outras).
Parece-me que se pode afirmar, então, que a identidade nacional é um conceito ideológico. Desta forma, nunca poderia dizer que teria orgulho em ser português, pois Portugal é muitas coisas; caso se desse a ausência de problema a resposta seria a mesma: teria orgulho em viver numa sociedade justa em Portugal mas não propriamente em ser português - é fácil constatar que isso, ou seja, a identidade nacional, reduz-se a um conceito tão vazio quanto polissémico, cuja narrativa é uma invenção: estarei em melhor convivência com um cidadão brasileiro activista e tolerante do que com um vizinho português votante no Chega (daí ser preconceituoso definir pessoas pela sua nacionalidade).
A discussão em torno do que é ou como se pode definir identidade nacional é intrincada, como já vimos. A propósito, Teotónio Almeida, em A Obsessão da Portugalidade, cita muitos autores e refere vários postulados. Particularmente interessantes são os conceitos de identidade como “caminho a seguir por uma comunidade” e “identidade como união de vontades e não como união de traços culturais e linguísticos e muito menos biológicos”. Parece apropriado concluir o parágrafo com a citação de Eduardo Lourenço: “A única coisa que une os portugueses é Portugal.”
Voltando às fronteiras, em muitos casos, sobretudo em situações colonialistas, essa divisão de território que depois formou estados-nação foi tão arbitrária que zonas étnica e culturalmente similares ficaram a viver em países diferentes só porque ali se decidiu traçar uma linha imaginária.
Escrevo a pensar no caso da fronteira entra a Índia e o Paquistão, traçada por Radcliffe, e cujas consequências ainda hoje se sentem. A propósito, vale a pena recordar:
Before his appointment, Radcliffe had never visited India and knew no one there. To the British and the feuding politicians alike, this neutrality was looked upon as an asset; he was considered to be unbiased toward any of the parties, except of course Britain .
Radcliffe justified the casual division with the truism that no matter what he did, people would suffer. The thinking behind this justification may never be known since Radcliffe "destroyed all his papers before he left India".
E este não é um caso excepcional: basta olhar para o continente africano para ver linhas de fronteira perfeitamente rectas, ao passo que na Europa estão repletas de curvas e ziguezagueados. Apesar do exemplo asiático, a existência de países pode ser usada como catalisador de causas destruidoras em todo o planeta - até com mais preponderância na Europa, seja pelo passado colonialista, ou pelos antigos blocos unitários, como a URSS (relembremo-nos da anexação da Crimeia).
Entretanto, já terá o querido e cansado leitor ou a querida e cansada leitora indagado: então mas qual é a alternativa aos estados-nação? Não sei, eu só escrevo esta newsletter. Não é propósito deste texto apresentar uma em relação à organização territorial que se inventou; serve, sim, para demonstrar que se trata de uma invenção - tal merece reflexão, pois, de uma forma ou de outra, é irrefutável.
Para isso, muito peso tem a história, a língua (linguagem?), a necessidade e o sentimento de pertença e, por conseguinte, o patriotismo, que, por decreto de Murphy, evolui demasiadas vezes para o nacionalismo.
E a coisa está tão bem feita que até ouvir o hino, uma canção altamente colonialista, é visto como momento agregador e inspirador. Quantas vezes é “heróis do mar” usado como slogan? Heróis do mar porquê? Por termos, por via marítima, chegado a outros territórios e explorado, capturado e matado quem lá vivia? Por termos sido catalisador de rotas de escravatura mundiais? É esse o nobre povo e a nação valente? Ou é, ao invés, uma construção narrativa sem adesão histórica? E que tal o hino para quem se apressa a vomitar o já cansativo ai ai ai não podemos apagar a história?
Numa newsletter não tão fixe como a minha (estou a brincar: é precisamente o contrário e aconselho a subscrição de I Might Be Wrong), escreve assim Jeff Maurer:
“Nationalism” is a dirty word in political science. It earned that reputation; it’s caused countless wars in which scores perish but nobody totally knows why. It’s the motivating force behind the sentence: “Your 18 year-old son needs to die so that Schleswig-Holstein can be Danish.”
E é aqui que chegamos à…
Latitude 35.6894 - Tóquio
Não por a capital nipónica ser o zénite do nacionalismo - muito pelo contrário: já partilhei numa edição anterior um texto sobre o quão impopular é o populismo no Japão (os conceitos andam de mãos dadas) e uma pesquisa rápida mostra resultados como Patriotism is in the air in Japan, but most citizens ignore the nationalistic fervour.
Acontece, sim, ser Tóquio a latitude dos Jogos Olímpicos 2020 e, por isso, é também título desta edição (já agora, a razão de não se ter alterado para Jogos Olímpicos 2021 é a mesma da do Euro 2020: custava demasiado dinheiro fazê-lo).
A história dos JO é vasta mas interessa focar, para esta edição, outro excerto de I Might Be Wrong (não está):
Part of me wonders: Are the Olympics healthy? At the Olympics, nations rally around their flags and engage in zero-sum competition...is that good? The games can be a conduit for jingoism; in the 1980 Winter Olympics, Americans were so eager to poke a finger in the Soviets’ eye that we pretended to care about hockey. HOCKEY!!! Dictators use the Olympics for propaganda; Putin did it in Sochi, the Chinese Communist Party did it in Beijing, and Hitler tried to do it in Berlin until he personally lost the 100 meters to Jesse Owens.
Os Jogos serão, certamente, o expoente máximo da competição e satisfação pessoal e profissional para milhões de atletas. Querer competir e ganhar no mais importante evento desportivo do mundo para a maioria das modalidades é completamente verosímil.
Contudo, convém perceber o outro lado: o que está acima citado - e que não é exclusivo dos JO, pois qualquer competição cujas equipas são países exacerba o patriotismo e (porventura mais vezes) o nacionalismo - e isso acarreta consequências para os/as atletas.
Aqui chegados, convém dizer que não sou especialista (como já se deve ter percebido) em (nada) rendimento desportivo de alta competição. Cada atleta terá a sua postura e treino mental, mas falar sobre isso tem estado ausente do debate público, até agora. Esse agora faz-se de nomes como Naomi Osaka e Simone Biles. Haverá mais (recorde-se o exemplo de Vanessa Fernandes).
E mais do que bem-vindas, as questões sobre a saúde mental são essenciais, apesar de não ser estranha a ausência. A competição foi, há muito, desenhada para que atletas não possam ser outra coisa: “The outpouring love & support I’ve received has made me realize I’m more than my accomplishments and gymnastics, which I never truly believed before.”
Isso explica-se com vários pontos. Um deles é estarem enraizados na sociedade padrões de exigência absurdos - desde os pais nos escalões de formação até ao Comité Olímpico Internacional. Essa exigência nasce da falta de tolerância e compreensão, que se explica assim:
Self-selected for the entirety of its history, the IOC appoints no independents, tolerates no critical voices and is completely opaque in its operations. The idea that such an organisation should have special status at the UN and claim sovereignty over the global governance of sport is untenable.
O excerto vem do excelente artigo After Tokyo, we should bring the Olympic charade to an end, onde se poder ler ainda:
On the eve of the 1968 games, the Mexican government slaughtered over 300 protesters in cold blood and launched a war of terror on the student movement that opposed it. When the then IOC president, Avery Brundage, was asked to comment on the matter, he replied: “I was at the ballet.” He then reacted to the greatest ever display of athlete activism at the games – the black power salutes – by destroying the careers of Tommie Smith and John Carlos. The IOC’s history is one of genuflecting before power and violence, and bullying the athletes it claims to revere.
Convém ainda sublinhar que a IOC não é caso isolado na concepção e aplicação de regras rígidas, absurdas e sexistas:
Os calções que as jogadoras escolheram usar no jogo de 19 de Julho em Varna, na Bulgária, onde perderam o 3.º lugar, não respeitam o regulamento internacional de equipamentos, que define que as atletas das equipas femininas deverão usar “um sutiã de desporto justo” e “partes de baixo de biquíni”, que “não devem ter mais de dez centímetros de lado”. Já “o uniforme masculino de andebol de praia consiste em camisolas sem alças e calções”, continua a ler-se no documento que uniformiza os equipamentos.
Outra questão que julgo merecer atenção é a idade com que vários atletas competem. Se é certo que, como no caso da ginástica, o auge físico é em tenra idade, é importante também criar mecanismos para que o relato (não só) de Raven Saunders aconteça cada vez menos:
[…] she never had a true break as a student-athlete—every year, less than a week after returning from world championships, she was back in the classroom. After competing at the Olympics in Rio, she had to pick up her studies two days later.
“I was drained,” she tells TIME, days before competing to make her second Olympic team in June. “I would cry a lot and go into isolation. I had suicidal ideation. I thought about different ways to make it happen.”
Para terminar, um último comentário ao peso que os atletas sentem: é ingénuo achar que são estes que o colocam sobre si mesmos. As condicionantes e pressões externas tornam esse estado de espírito inescapável - e aqueles que lhe conseguem fugir são a excepção e não a regra. A estes seria importante passar a mensagem de que não devem nada às pessoas que, por coincidência, acabam por ter a mesma nacionalidade.
It’s not just the sudden fame that can be disorienting, but the often disturbing realization that after years and sometimes decades of training and devoting themselves to perfecting their sport, they’ve allowed themselves to be defined by their results and their medals, or lack thereof, and may have lost themselves in the process.
Na pesquisa que fiz para este tema, encontrei nos artigos sobre Biles, e a sua saúde mental, vários qualificativos: rainha, mito e sobre-humana. Não deixa de ser irónico.
Leituras essenciais:
Imagined Communities, Benedict Anderson;
The Invention of Tradition, organizado por Eric Hobbsbwam e Terence Ranger;
Nation and Narration, organizado por Homi K. Bhabha.
Pausa para crónica
A arte de não compreender, por Gonçalo M. Tavares, no Expresso:
Há um dito popular, absurdo e divertido, mas talvez bem mais sensato do que parece:
Macaco só não fala porque tem preguiça de remar.
Não entender a linguagem traz também isto: ser incapaz de obedecer. Se o macaco percebesse claramente a fala humana, há muito tinha sido adestrado para remar e para outros trabalhos pesados.
A esperteza do macaco é esta.
Macaco só não fala porque tem preguiça de remar.
Outras histórias
O Partido Comunista Chinês intensificou a perseguição à minoria Uigur, passando a deter e julgar familiares de activistas contra os campos de concentração em Xinjiang:
“People are not only suffering there, they are not only being indoctrinated there, not only being tortured, they are actually dying,” said Abduweli Ayup, whose family members have been targeted in retaliation for his activism. “And the Chinese government is using this death, using these threats to make us silent, to make us lose our hope.”
Bitcoin, relevância e hipocrisia:
“If you look at cryptocurrencies as a whole, it is a pure trading instrument. There is no inherent worth in it whatsoever. It is a tulip bulb.”
That’s how the CEO of Man Group (nome auto-explicativo, digo eu), the world’s largest listed hedge fund manager, described the firm’s approach to crypto to the Financial Times. But here’s the funny part: Man Group trades crypto for its clients, because, hey, you can make money. Per the FT, that dynamic highlights the “irony of today’s trade in cryptocurrencies: Much of the market action involves participants who doubt their ultimate utility.”
2021 e 2020 foram terríveis para a indústria do cinema mas a quota de filmes de terror com enredos sagrados continua a ser preenchida, e bem (mal?). The Unholy review – Satan continues to inspire the very worst films:
Like many genre films about the fight between god and the devil, it’s an affirmative story for Christians (good and evil do exist in strict binary terms) but like many of them as well, it’s also a woefully ineffective one, turning what should be an easy piece of jolting propaganda into something so incompetent that even believers will struggle to care who wins. If the devil did exist then surely he’d have the power to destroy films as dull as this.
E, agora, para algo completamente diferente (sente-se):
Tobacco giant Philip Morris International will stop selling cigarettes in Britain within the next ten years, its boss has revealed. The move will bring down the curtain on the iconic Marlboro brand after more than a century on British shop shelves.
So how will that work from a business perspective, exactly? Philip Morris wants to transition to a “healthcare and wellness company” where half of its sales come from non-smoking products.Surpreendente, também, é o seguinte título (nem é preciso citar mais):
Crocs accuses Walmart, Hobby Lobby and nearly 20 other brands of copying its ‘iconic design’.
Inaugurou, em Hong Kong, uma exposição com a curadoria do site 9GAG (sim, leu bem), para celebrar a c̶r̶i̶a̶ç̶ã̶o̶ ̶d̶e̶ ̶m̶e̶m̶e̶s̶ cultura da internet:
Now let’s talk MEMEs, because, well, Doge, Wojak Feels Guy, Drake, Yao Ming and Distracted Boyfriend MEMEs are how we communicate these days. They’re more than jokes, but how we celebrate and satirise current events, and how we self-deprecate as a community. It’s internet culture, and we’re taking the best of it so you can experience the glory and evolution of some of the most humorous jokes of our time in person.