Pequim | Hong Kong | Urumqi
Os 100 anos do Partido Comunista Chinês levou-me a histórias em latitudes muito específicas. Leia até ao fim e descubra quais são as 10 palavras que resumem a China.
Sábado, 3 de julho - Edição #8
Latitude Ocasional é uma newsletter escrita ao longo da semana, enviada gratuitamente. Se não a recebeu por e-mail, considere subscrever no botão abaixo.
Latitude 39.9042 - Pequim
Foi na quinta-feira que se assinalaram os 100 anos do Partido Comunista Chinês (PCC). No discurso de celebração do centenário, e perante uma multidão de 70 000, o presidente ditador da República Popular da China, Xi Jinping, deixou um aviso:
“The Chinese people will never allow foreign forces to bully, oppress or enslave us,” Xi said, clad in a Mao suit. “Whoever nurses delusions of doing that will crack their heads and spill blood on the Great Wall of steel built from the flesh and blood of 1.4 billion Chinese people.”
A escolha dessas palavras, tão fortes, e não outras, talvez seja entendido através das próximas linhas desta edição da latitude específica. Mas este não é um texto sobre o idealismo utópico (ou não) do comunismo; também não servirá para apontar falhas onde foi tentado ou conseguido.
Poderá servir, isso sim, e até onde me for possível, para perceber o que acontece actualmente na China e o qual é o plano do PCC fora dela. Como diria Paul Watzlawick, poderá ajudar a constatar se, de facto, a realidade é real – tanto para quem está dentro como fora – até porque um fácil contraponto ao que possa aqui escrever é constatar que as minhas fontes são maioritariamente ocidentais.
Por isso, escrever sobre a China é talvez o maior desafio que já tive. Os acontecimentos, pormenores e nuances são diversos. A história é rica, extensa e complexa. De tal forma que, e também numa lógica de economia de espaço de escrita, me escusarei do comentário.
Seria displicente, contudo, não abordar, ainda que muito sucintamente (pela razão acima mencionada), o início, ou o catalisador, do que é hoje a China. Desta forma, não consigo evitar o cliché do é preciso olhar para o passado para compreender o presente, mesmo sendo a actualidade o que mais me interessa.
Olhar a história, torcendo para não a distorcer
Foi em Xangai, no dia 1 de julho de 1921, “num tempo em que a China não tinha Governo central e partes do seu território eram administradas por outros países”, que foi fundado o PCC. Passado um século, o partido “conta com quase 100 milhões de filiados e, ao contrário do que aconteceu na “Pátria de Lenine” e na Europa de Leste, mantém-se no poder há 72 anos”, pode ler-se neste artigo.
Desde 1921, o PCC viveu vários momentos de instabilidade – guerras civis entrelaçadas com a II Guerra Mundial, insurreição de alas partidárias -, até que em 1949 Mao Tsé-Tung fundou a República Popular da China. Apenas com um ano de existência, a jovem república já se via em diferentes batalhas.
No estrangeiro, na Península da Coreia e no Vietnam, durante o período da Guerra (não assim tão) Fria, contra forças capitalistas. Em casa, contra o próprio povo, no que ficou conhecido como O Grande Salto em Frente - reforma agro-industrial tão ambiciosa para o país como brutal para o povo; fez 45 milhões de mortos, não apenas pela escassez de alimentos, que culminou na Grande Fome Chinesa, mas também, além dos suicídios, pela tortura e execuções infligidas pelo Estado ao povo chinês. O objectivo era a modernização meteórica, e a qualquer custo, de uma China demasiado rural.
Ainda numa toada abreviada, percebe-se melhor o pensamento de Mao através do passo seguinte: com os resultados catastróficos da sua política anterior, lança um movimento obrigacionista de adesão aos seus ideais, ao mesmo tempo que conduz uma purga dentro do PCC, direcionada a críticos e opositores. Este período, que terá começado antes de 1966 (data oficial) e terminado 10 anos depois, ficou conhecido como Revolução Cultural. O movimento apoiava-se ideologicamente no Livro Vermelho, escrito por Mao, e materialmente no violento e informal exército Guarda Vermelha, que fazia denúncias, humilhações públicas e julgamentos sumários.
Importa sublinhar que, antes disso, a morte do querido amigo Estaline (1953) e o facto de o sucessor, Nikita Khrushchev, o ter apelidado de ditador (1956) fizeram de Mao um homem mais isolado… e implacável. Do que fui lendo em inglês, a palavra mais repetida para descrever o regime é mesmo essa: ruthless.
Muito mais haveria a dizer. Seguimos, ainda mais sucintamente, em frente.
Entre Mao e Xi Jinping (2012), a China conheceu vários líderes supremos. O mais importante terá sido Deng Xiaoping, que liberalizou a China - abrindo-a à economia de mercado e iniciativa privada - e também responsável pelas ordens que culminaram com o Massacre de Tiananmen. Deng também estabeleceu o limite de mandatos, com o intuito de evitar o culto da personalidade já visto em Mao. Um curtíssimo resumo:
In the wake of Tiananmen and the Soviet Union’s downfall, Deng fought off Maoist diehards and embraced capitalism with even greater fervour. This led to the closure of many state-owned firms and the privatisation of housing. Millions were laid off, but China boomed.
A Deng seguiram-se dois líderes que continuaram o seu pensamento. Pelo meio, o PCC declarou que iria anexar Taiwan, nem que fosse através da força. O que nos leva, finalmente, ao homem do momento: Xi Jinping. Curiosamente (ou não), no discurso de quinta-feira, a questão de Taiwan voltou a ser tema [link mais abaixo].
Num dos vários documentários que vi, gostei da seguinte descrição de Xi, por parte do historiador Geremie Barmé:
“He has called himself chairman for life. I call him chairman of everywhere; chairman of everything; chairman of everyone.”
É uma boa apresentação, pegando no que na altura foi uma surpreendente medida - a abolição do limite de mandatos (2018) - e que mostra o quão longe está disposto a ir.
É por aqui que se nota que é importante pensar em Mao quando se pensa em Xi: “O que um começou o outro vai tentar concluir” – O Sonho Chinês. Este será um desígnio nacional e nacionalista, unitário, assente num ideal definido por um homem que domina o único partido da 2.ª maior economia do mundo.
Seria ainda interessante perceber a juventude de Xi. Com pouco espaço, sublinho apenas que nasceu no berço da elite do PCC. Uma das purgas de Mao fez do pai, alta patente do partido, persona non grata do regime (tendo sido preso em 68). Xi exilou-se numa latitude rural chinesa, de onde começou um percurso de ascensão by the book. De “estudante trabalhador-camponês-soldado" até líder supremo, percorreu todos os cargos que haveria para percorrer.
Importa ainda destacar certo denominador comum: pensar na China é sempre pensar na China em oposição em alguma coisa. Interna ou externamente, há sempre um opositor. A passagem deste artigo pode ajudar a explicar:
Independentemente das ideologias, o desígnio principal da liderança pouco mudou e, no fundo, o que mobilizou gerações de revolucionários foi o desejo de recuperar a riqueza e o poder que o país já teve? Alguns sinólogos dizem que sim. Durante quase dois milénios, até à Guerra do Ópio, que no século XIX proporcionou ao Reino Unido a anexação de Hong Kong, a China sempre foi a nação mais desenvolvida do planeta, afirma Zhang Weiwei.
E ainda:
In years past, the bedrock of the party’s narrative was rescuing China from the “century of humiliation” wrought by warlords and colonial powers. Today, those scars linger still, though under Xi the focus has turned toward the “great rejuvenation” and his trademark “China Dream”.
Se, no início, a pobreza e fome eram culpa do partido; agora, a prosperidade económica e capacidade de gerar riqueza é graças ao partido. Se só há um partido, é fundamental que todos concordem com ele, custe o que custar.
Estado de vigilância permanente
Um dos maiores custos, visto de fora, é o da liberdade: a China é um estado de vigilância permanente.
In Chongqing, a mass of 15.35 million people straddling the confluence of the Yangtze and Jialing rivers boasted 2.58 million surveillance cameras in 2019 - one CCTV camera for every 5.9 citizens.
A narrativa interna é a de que mais vale ter segurança do que liberdade: “Having these cameras everywhere makes me feel safe.” A segurança vem de um sistema de controlo social sem paralelo:
Facial–recognition software is used to access office buildings, snare criminals and even shame jaywalkers at busy intersections.
Huang Yongzhen, CEO of AI firm Watrix, shows off his latest gait-recognition software, which can identify people from 50 meters away by analyzing thousands of metrics about their walk—even with faces covered or backs to the camera.
Eight of the top 10 most surveilled cities in the world are in China.
Esta rede de câmaras, assim como a identificação e o tratamento de dados, permite fazer coisas que lembram certo episódio da distópica série Black Mirror:
O sistema de crédito social
In China’s eastern coastal city of Rongcheng, home to 670,000 people, every person is automatically given 1,000 points. Fighting with neighbors will cost you 5 points; fail to clean up after your dog and you lose 10. Donating blood gains 5. Fall below a certain threshold and it’s impossible to get a loan or book high-speed train tickets.
Assim, a tecnologia deu a Xi Jinping um poder que os seus antecessores nunca tiveram:
Yet under Xi it has found a new strength. He has waged a “tigers and flies” purge of over 100,000 corrupt officials, declared extreme poverty eradicated and oversaw China’s rise from “world’s factory” to the vanguard of transformative technology such as A.I. and 5G.
Mas mais do que uma abertura para o desenvolvimento tecnológico, há um sentimento tácito de adesão ao esforço contínuo do que é colocar a China como potência tecnológica (e não só), mesmo que isso signifique trabalhar sem parar.
996 e o Forced Ranking
In China, a good worker is somebody who, like the famous Xi’an warrior statues pictured here, works their head off, even if the law limits overtime to three hours a day and a total of 36 hours per month. Needless to say, the sanctification of a culture of long hours means the law is flouted, particularly in industries such as technology
996 significa trabalhar das 9 da manhã às 9 da noite, 6 dias por semana. É particularmente popular na indústria tecnológica e anda de mão dada com o sistema de forced ranking: “a controversial workforce management tool that uses intense yearly evaluations to identify a company's best and worst performing employees, using person-to-person comparisons.”
“Forced ranking is not about efficiency or fair reward, but about control. This single method destroys all solidarity between peers. It generates obedience and fear towards the person above. The growth of China’s tech giants has not come from true innovation but from labour intensity. It’s very difficult to automate certain parts of the software sector,” says Xiang Biao, a professor of social anthropology at Oxford university.
Controlo de tempo mas também de emoções:
Last year, a Chinese subsidiary of Japanese camera maker Canon, Canon Information Technology in Beijing, unveiled a new workspace management system that only allows smiling employees to enter the office and book conference rooms. Using so-called "smile recognition" technology, Canon said the system intended to bring more cheerfulness to office in the post-pandemic era.
Apesar de algumas queixas, denúncias e mortes (esgotamento e suicídio), a coisa lá vai andando porque é tudo para um bem-maior: “Something quite common in China: You’ll want your suffering to mean something.” Mas um desígnio nacional cativante precisa, além de um robusto exército, uma propaganda eficaz.
Um dos maiores elementos fictícios (?) de unidade nacional é, claro está, um filme. A capacidade do cinema em mobilizar as massas não é novidade, mas deixe-se surpreender pela verosimilhança do blockbuster chinês Wolf Warrior:
O sucesso de Wolf Warrior 2 foi tão grande que se tornou no filme que mais receita de bilheteira gerou na China. Mas não ficamos por aqui. Longe de ser causa disso, a crescente agressividade diplomática da China levou a que se forjasse, pelos media ocidentais, o termo ‘Wolf Warrior' Diplomacy:
Wolf warrior diplomacy is a clever label that puts China on the back foot in the face of criticism. At the same time, Chinese officials often fall into the trap of their own accord. When it faces constraints, China sometimes chooses to use harsh language instead of tough measures.
A ideia que dá é que não é bem esta a abordagem Xi Jinping pretende:
Xi said plainly that China wanted to “enable the world to appreciate the CCP’s sincere efforts for the good of the Chinese people”, and that it needs to “get its tone right in being open and confident, but also modest and humble, as it works to create an image of a credible, lovable and respectable China”.
Contudo, é só uma imagem, porque as ações dizem outra coisa.
Latitude 43.8317 - Hong Kong
Esta edição vive de efemérides: fez um ano, também esta semana, que entrou em vigor a Lei da Segurança Nacional. Dois anos antes, o mundo começara a assistir a um período de seis longos meses de protestos contra a lei da extradição, que permitia que fossem julgados na China críticos de governo de Pequim em Hong Kong.
Na altura, os telejornais faziam peça atrás de peça com as imagens dos confrontos entre protestantes parcamente equipados para o choque com a polícia de intervenção. A lei da extradição não entrou em vigor, mas, volvidos dois anos, paira uma atmosfera pesada sob Hong Kong e a culpa é da Lei de Segurança Nacional:
The law broadly defined acts of subversion and secession against China, making much political speech potentially illegal, and it threatened severe punishment, including life imprisonment, for offenders.
The security law has brought mass arrests, a rout of pro-democracy lawmakers, changes to school curriculums, a crackdown on the arts and rapidly growing limits on free expression.
O NYT chamou improbabilidade a Hong Kong. Assenta-lhe mesmo bem, até pela conotação de finitude do improvável. Direitos, liberdades e garantias vão desvanecendo e uma certeza assume forma: já começou o fim do período - improvável - de um enclave tão pequeno sobreviver ao poderio chinês.
O contraponto com a ditadura chinesa está a desparecer; o segundo sistema em “um país, dois sistemas” está a ser engolido por um China cada vez mais totalitária e agressiva… ruthless:
Residents now swarm police hotlines with reports about disloyal neighbors or colleagues. Teachers have been told to imbue students with patriotic fervor through 48-volume book sets called “My Home Is in China.” Public libraries have removed dozens of books from circulation, including one about the Rev. Dr. Martin Luther King Jr. and Nelson Mandela.
Contudo, talvez seja ingénuo constatar alguma surpresa: Trata-se de práticas ditatoriais de livro, reescrever a história:
The central aim of the new curriculum guidelines, unveiled by the Hong Kong government this month, was much more ambitious: to use those historical stories to instill in the city’s youngest residents a deep-rooted affinity for mainland China — and, with it, an unwavering loyalty to its leaders and their strong-arm tactics.
The Hong Kong government has also launched a vast campaign to indoctrinate the next generation — and it is using history as a potentially powerful tool to inculcate obedience and patriotism.
To the authorities, that narrative is a necessary corrective to ensure stability and unity. To the critics, it is social engineering, a misleading and dystopian campaign to shape young minds.
Naturalmente, a questão da privacidade e da vigilância também se estende a Hong Kong:
The Hong Kong government denies its smart cameras and lampposts use facial-recognition technology. But “it really comes down to whether you trust institutions,” says privacy expert Tsui. For Matthew, the risks are real and stark: “We are fighting to stop Hong Kong becoming another Xinjiang.”
Latitude 43.8317 - Urumqui
Evitar que Hong Kong se torne noutra Xinjiang é o que nos leva à última latitude desta edição, sendo que haveria muitas mais entradas na lista da influência chinesa além-fronteiras [ver links abaixo].
Urumqui é a capital da província de Xinjiang, cuja maioria religiosa é Uighur. Até agora, já tínhamos feito ✔ em todas as caixas do manual da boa ditadura menos numa: a da detenção, encarceramento e reeducação de minorias étnicas.
Também aqui o regime de Xi Jinping usa as câmaras como o super-polícia que não pestaneja; porém, nesta situação o controlo não é pela segurança da metrópole mas em nome de uma tríade inimiga, colectiva e sem rosto - o separatismo, extremismo e terrorismo:
In the name of fighting terrorism, members of predominantly Muslim ethnic groups—mostly Uighurs but also Kazakhs, Uzbeks and Kyrgyz—are forced to surrender biometric data like photos, fingerprints, DNA, blood and voice samples.
Those who grow a beard, leave their house via a back door or visit the mosque often are red-flagged by the system and interrogated.
Caso a vigilância comprove que as pessoas continuam a gozar de liberdade religiosa, o passo seguinte é a reeducação:
Surveillance in China’s restive region of Xinjiang has helped put an estimated 1 million people into “re-education centers” akin to concentration camps, according to the U.N. Many were arrested, tried and convicted by computer algorithm based on data harvested by the cameras that stud every 20 steps in some parts.
As razões que levam à detenção e encarceramento destas minorias são tão graves como, por exemplo, ter a aplicação WhatsApp instalada:
Sarsenbek Akaruli, 45, a veterinarian and trader from the Xinjiang city of Ili, was arrested on Nov. 2, 2017, and remains in a detention camp after police found the banned messaging app WhatsApp on his cell phone, according to his wife Gulnur Kosdaulet. She has traveled to Xinjiang four times to search for him but found even friends in the ruling CCP reluctant to help. “Nobody wanted to risk being recorded on security cameras talking to me in case they ended up in the camps themselves,” she tells TIME.
Os que conseguem sair não saem sozinhos:
He was forbidden from traveling outside his village without permission, and a CCTV camera was installed opposite his home. Every time he approached the front door, a policeman would call to ask where he was going.
He had to report to the local government office every day to undergo “political education” and write a self-criticism detailing his previous day’s activities.
Já agora, caso não tenha sido clara ainda a caixinha do culto da imagem do líder supremo, aproveitamos esta latitude para fazer mais um check: “Asked why he had a picture of Xi in his taxi, one Uighur driver replied nervously: “It’s the law.”
Antes de terminar, regresso a Barmé para um resumo muito clarividente e pouco esquizofrénico, do pensamento de Xi Jinping:
Xi Jinping, and his colleagues, believe themselves as the agency of history; an history that is about making China one of the great powers but also as a prosperous stable society that will contribute to humanity as a whole. If, in that process, some individuals must be crush or silenced, a few dissidents must be thrown into jail, a few national minorities, in Tibet and Xinjiang, and their abhorrent religious beliefs must be corralled, contained and reformed… well, that’s simply the price that the great collective of the Chinese people which I, Xi Jinping, and my colleagues, represent… that’s just the price they all have to pay and it’s for their good; because, after all, I’m the patriarchal leader and I know what’s best for all of you.
Depois de escrever tudo isto, descobri que há um livro chamado China in Ten Words, do dissidente Yu Hua. Por curiosidade, como tudo o resto, deixo aqui a lista:
People
Leader
Reading
Writing
Lu Xun
Revolution
Grassroots
Copycat
Bamboozle
Termino, finalmente, com a expressão que encontrei várias vezes durante a pesquisa para esta edição: “O socialismo com características chinesas”. Se é essa a frase que querem usar, pelo menos poderiam ter escrito bem a palavra ditadura.
Leituras complementares (ou pistas para uma outra edição)
O espaço que tenho é escasso. As latitudes escolhidas servem o propósito de ilustrar a dimensão da influência chinesa em várias geografias, mas todo um continente ficou de fora - o africano. Há muito mais para contar, em latitudes bem mais longínquas. Aqui ficam algumas histórias:
Belt and Road Initiative, a trade and infrastructure network tracing the fabled Silk Road, has boosted Beijing’s clout as well as suspicion from many who believes neocolonial debt-trap diplomacy lies within the largesse.
Taiwan e a disputa por um território que serve os propósitos do CCP em relação ao problema do rejuvenescimento do país (e partido).
A militarização de ilhas no Mar da China.
Austrália, a influência em negócios estratégicos (soa-lhe familiar?) e o fascínio com as mentiras de Xi.
Grécia e o porto de Pireu.
Os empréstimos a países africanos e o controlo de um porto estratégico no Djibouti.