Edição #52
A Latitude Ocasional marca a sua 52.ª semana, o que perfaz um ano de existência, com edições semanais. Este é o período mínimo que dei ao projecto; com novos desafios, interrompo nesta data a periodicidade exacta da coisa, não significando que deixe de cá vir quando tiver saudades.
Quando enviei a primeira edição, a 15 de maio de 2021, o Sporting acabara de quebrar um jejum de campeonatos de 19 anos. Luís Filipe Vieira havia impressionado numa comissão de inquérito do BES, naquilo que foi a antecâmara da sua queda à frente do Benfica. Hoje, disputa-se um SL Benfica x FC Porto, que poderá dar o título aos portistas. O futebol está entranhado na minha rotina e, por conseguinte, da minha vida. Isso prova-se também pelo outro projecto que lancei, algumas semanas depois: o podcast Rivalidade e Bom-Senso, que, com o término da temporada também chega ao fim.
Amado por uns, incompreendido por muitos e usado como arma de arremesso por tantos, o futebol não garantiu a sua popularidade aleatoriamente. O futebol foi, ao longo dos anos, instrumento ao serviço de líderes e oposição. Esses relatos estão bem contados no livro Uma História Popular do Futebol, de onde cito o seguinte:
A política desportiva de Mussolini visa treinar futuros soldados prontos a defender o país e fazer emergir um homem novo, ponta-de-lança de uma nação sadia e regenerada. A dimensão corpórea da ideologia totalitária é encarnada pelo próprio Duce, que não hesita em apresentar-se como “o primeiro desportista de Itália”, o físico maciço do autocrata que reflecte a virilidade e a masculinidade guerreira próprias do fascismo.”
Estará por esta altura o querido leitor ou a querida leitora a intrigar-se porque se intitula esta edição Madeira; vamos já ao que interessa (esta é a última edição, vou devagar). Começo assim por várias razões. Primeiro, mostrar que tantas coisas podem ser usadas de forma perversa - o que começara como um jogo sem linhas e sem tempo reduziu-se a 90 minutos e a 110 metros por 60. Porquê? O ócio não pode durar para sempre e os terrenos devem ser férteis e não calcados. Depois, porque a passagem em causa mostra uma instrumentalização num tema que foi o mais abordado ao longo deste ano: a ascensão do populismo, totalitarismo e os consequentes retrocesso de direitos, liberdades e garantias.
Aprendi várias coisas ao longo deste ano. Uma delas foi a importância de ir mais atrás na história para compreender a actualidade (sobretudo para um leigo como eu que se aventurou por vários assuntos) Assim, para compreender a era contemporânea em que vivemos, recorrentemente tive de dar um passo atrás: muito do que hoje vivemos herdámos da Idade Moderna.
Nesta última edição, decido partilhar o que aprendi. Se por ventura achar que não é pertinente, imaginemos que isto se trata daqueles filmes que começam com a cena final. Este é o plano:
Lucros da Galp disparam 496% no primeiro trimestre, para 155 milhões
Lucro do Santander Totta quadruplica para 155,4 milhões no primeiro trimestre
BP fecha 2021 com lucro de 11,2 mil milhões de euros
Lucros da Jerónimo Martins sobem 48% em 2021
Lucro da Coca-Cola sobe 24% no primeiro trimestre
Latitude 32.6307 - Ilha da Madeira
Na edição #22 citei um artigo, no meio de muitos, com a seguinte passagem:
Capitalism was arguably born on a remote island. A few decades after the Portuguese colonised Madeira in 1420, they developed a system that differed in some respects from anything that had gone before.
By felling the forests after which they named the island, they created, in this uninhabited sphere, a blank slate – a terra nullius – in which a new economy could be built. Financed by bankers in Genoa and Flanders, they transported enslaved people from Africa to plant and process sugar. They developed an economy in which land, labour and money lost their previous social meaning and became tradable commodities.
O autor escreve arguably protegendo-se de outras teses. Pelas minhas recentes leituras (haverá mais/outras, certamente), tudo parece apontar para o mesmo: A Ilha da Madeira como berço do capitalismo. Resumidamente, explica-se assim: Navegadores portugueses deram com uma ilha repleta de madeira. Percebendo numa primeira fase a utilidade do material para a construção de embarcações, foi a segunda fase de desflorestação que serviu de antecâmara para a maior origem da desigualdade que hoje vivemos - a destruição completa dos recursos naturais para a concepção do primeiro produto capitalista: o açúcar, ironicamente.
Através do livro A History of the World in Seven Cheap Things: A Guide to Capitalism, Nature and the Future of the Planet, vale a pena perceber porquê este produto e como as suas características de produção tiveram consequências tão nefastas:
Humans, primates, and most mammals love the taste of 45 sugar. Since the discovery of sugarcane in New Guinea in 6000 BCE, humans have understood the biological necessities of its treatment. There is a peak time to harvest the cane, when it is turgid with sweet juice-but then the grass is thick and difficult to cut. Once chopped, the cane can be coaxed to yield its greatest quantity of sugar for only forty-eight hours. After that, the plant starts to rot.
O urgência na produção e os limites naturais obrigavam a trabalhos reforçados, (es)forçados e itinerantes (uma vez esgotados os recursos). Tal como na citação inicial refere, para este arranque do capitalismo foi fundamental a “escravatura moderna”, outro legado português para o mundo.
Madeira was a field site for experiments in the limits of human endurance and strength but also for the trial of new technologies of order, processes, and specialization hat - centuries later - would be used in England’s industrial factories.
Slavery didn’t begun in Madeira, but modern slavery did. The modern difference lies in slaves’ being put to work in agricultural mass production an in their expulsion from the mythic domain of Society.
Esta brilhante última frase permite-nos saltar (tenho pouco espaço mas deixo as recomendações de leitura no final) para um factor essencial ao capitalismo: para uns ganharem outros têm de perder. A forma mais fácil de colocar uns sobre os outros é não chegar a considerá-los outros - simplesmente nem fazem parte da sociedade, não contam.
[…] because without the power to decide whose lives matter and whose do not, it would not have been possible to suppress Indigenous Peoples or members of rival religions and states and appropriate their knowledge, resources, and labor power.
Já estabelecemos que os primeiros processos capitalistas decorreram no final do século XV, muito graças ao trabalho escravo; não surpreenderá, portanto, que para compreender as origens da desigualdade actual tenhamos de observar o papel do colonialismo, no trágico e suavizado momento histórico definido como “A Corrida a África”, já no séc. XX, ou seja, já no período descrito como contemporaneidade. Sobre isto, podemos ler, através do dictático (e algo brando) livro Uma Pequena História do Mundo:
Assim, de repente, os países industrializados começaram a concorrer uns com os outros para chegar aos lugares mais remotos e primitivos. Quanto mais primitivos, melhor. Os países da Europa precisavam desses outros países não só para vender as mercadorias, mas também porque naquelas terras havia coisas que eles não tinham, como algodão para fazer tecido ou petróleo para fazer gasolina. Também assim, quanto mais matérias-primas, como lhes chamavam, traziam das colónias para a Europa, mais as fábricas conseguiam produzir, e mais os Europeus precisavam de encontrar lugares onde ainda houvesse pessoas que quisessem comprar aquela enorme produção. As pessoas que não conseguiam encontrar trabalho no país delas passaram a poder emigrar para aquelas terras distantes. Em resumo, para os países da Europa passou a ser vital possuir colónias. Ninguém se deu ao trabalho de perguntar aos habitantes nativos o que é que achavam disso. É claro que, como podes imaginar, esses habitantes seriam muito maltratados se tentassem disparar alguma flecha contra a tropas invasoras.
Poder-se-á argumentar que nem todas as latitudes outrora colonizadas mostram, agora, níveis de desigualdade face aos na altura colonizadores (EUA vs. Inglaterra). Uma explicação interessante sobre isso vem no livro A Jornada da Humanidade: As Origens da Riqueza e da Desigualdade:
A era colonial testemunhou o enriquecimento imenso das potências coloniais e a ruína de gerações de povos indígenas e africanos escravizados. Como vimos no capítulo anterior, no meio da Revolução Industrial o comércio colonial exacerbou ainda mais esta divergência profunda nos seus destinos. Em todo o vasto mundo colonizado, os colonizadores deixaram com frequência nas populações nativas marcas devastadoras e terríveis, mas é plausível que, no longo prazo, as complexas instituições políticas e económicas que eles - em especial Grã-Bretanha, França, Portugal e Espanha - impuseram e deixaram para trás tenham tido efeitos mais persistentes no nível de vida das suas antigas colónias.
O autor apresenta dois tipos de instituições: as inclusivas e extrativas; se as primeiras, como o próprio nome indica, procuravam incluir a sociedade no processo de desenvolvimento (acontecia nas geografias mais parcas em recursos, como EUA, apesar de este momento ser posterior à matança dos povos indígenas, sendo o inclusivo mais para os emigrantes e, uma vez com escravos, manter-se-ia a hierarquia social); as segundas esgotavam os recursos naturais em benefício da metrópole, como foi a expropriação portuguesa da riqueza africana. Ou seja: às atrocidades cometidas, ainda temos de acrescentar a própria gestão administrativa, que causou danos que perpetuaram uma incapacidade para certas sociedades diminuírem a desigualdade, ainda hoje tão presente.
Esta ideia interessa para compreender que o capitalismo vive destas desigualdades mas as mesmas também vivem do e para o capitalismo. Assim, uma erradicação do capitalismo (vamos fingir que é mais fácil imaginar o fim do capitalismo do que o fim do mundo, e não o contrário, como diria Mark Fisher) não eliminaria per se as desigualdades. No prefácio da edição portuguesa de Porque Deixei de Falar com Brancos sobre Raça, de Reni Eddo-Loge diz assim Mamadou Ba:
O Capital e o Estado servem-lhe de sentinela, porque o "capitalismo necessita de desigualdades e o racismo fornece-lhas” como dizia Ruth W. Gilmore, enquanto goza da proteção da organização política, económica e jurídica do Estado. A ordem capitalista alimenta e alimenta-se da ordem racial, com todas subjetividades que ela encerra; não é, portanto, possível derrotar a hegemonia política capitalista herdada do processo histórico colonial sem derrotar a hegemonia cultural racial de que é o subproduto.
Isto importa para que se entenda que a luta contra o capitalismo é também contra o racismo, xenofobia, misoginia, etc.. Por isso, uma luta entre operariado e patronato per se nunca será suficiente. À passagem acima junto esta de Thomas Piketty, em Capital e Ideologia:
“A história de qualquer sociedade, até aos nossos dias, não foi mais do que a história da luta de classes”, escreviam Friedrich Engels e Karl Marx, em 1848, no Manifesto do Partido Comunista. A afirmação continua a ser pertinente, mas estou tentado, na sequência desta pesquisa, a reformulá-la do seguinte modo: a história de qualquer sociedade, até aos nossos dias, não foi mais do que a história da luta das ideologias e da procura da justiça.
Por outras palavras, as ideias e as ideologias contam, na história. A posição social, por mais importante que seja, não é suficiente para forjar uma teoria da sociedade justa, uma teoria da propriedade, uma teoria da fronteira, uma teoria do imposto, da educação, do salário, da democracia. Ora, sem respostas precisas a essas questões complexas, sem uma estratégia clara de experimentação política e de aprendizagem social, as lutas não têm saída política bem definida. Isso pode conduzir por vezes, após a tomada do poder, a construções político-ideológicas ainda mais opressivas do que as que se pretendia derrubar.
A esta altura será legítimo aplicar o cliché de que isto anda tudo ligado. As desigualdades que vemos hoje não nasceram no vazio nem se perpetuam porque sim; há claramente um sistema, que funciona como foi desenhado para funcionar - para o azar a maioria, não está estragado.
Este sistema está entranhado em, diria, tudo o que fazemos e vemos, até como pensamos (mais uma vez, é mais fácil imaginar o fim do mundo). Citando novamente A History of the World in Seven Cheap Things, eis uma explicação sucinta:
Again, that humans should need to find safety and shelter from threats is not new. But since capitalism grows through its frontiers, the domestic and international deployments of force through nature to secure money, work, care, food, and fuel are accompanied by ideologies of race and state and nation, together with the appropriations and devaluations that these deployments involve. Cheap lives are made through the apparatus of the modern social order. They're absolutely necessary to capitalism's ecology.
Por estas razões, também é tão difícil a simples mudança dos manuais de história. Passa pela cabeça de alguém obliterar o que aconteceu na Madeira? A escola é o principal reduto transformador. Infelizmente, poucos são aqueles que mudam de opinião drasticamente em fase adulta e os que mudam até acabar por ceder a pensamentos mais instintivos do que intelectuais. Sobre a importância da historiografia, já escrevi. Por isso, agora cito:
[We must] reconsider how the ways that we have been schooled to think of change ecological, economic, and all the rest-are themselves implicated in today's crises. That space is crucial if we are to understand the relationship between naming and acting on the world. Movements for social justice have long insisted on "naming the system" because the relationships among thought, language, and emancipation are intimate and fundamental to power.
World-ecology allows us to see how concepts we take for granted-like Nature and Society-are problems not just because they obscure actual life and history but because they emerged out of the violence of colonial and capitalist practice. The Nature/ Society split was fundamental to a new, modern cosmology in which space was flat, time was linear, and nature was external. That we are usually unaware of this bloody history-one that includes the early modern expulsions of most women, Indigenous Peoples, and Africans from humanity-is testimony to modernity's extraordinary capacity to make us forget.
Quando digo que o capitalismo está entranhado em tudo, penso no que aprendi em Betão: Arma de Construção Maciça do Capitalismo, de Anselm Jappe (juro que a intenção não era fazer name-dropping mas até a mim já me está a fazer impressão…) O tema do livro é destacar a importância dos materiais - neste caso do betão armado - num mar de literatura mais virado para “a gestão capitalista do espaço e a injustiça social dela resultante. Em contrapartida, a questão dos materiais utilizados quase nunca é evocada.”
Mas poderemos criticar o betão armado enquanto tal? Considerado menos nocivo do que o amianto ou os pesticidas, parece também provocar menos estragos do que o automóvel, a televisão ou o plástico […] Levando mais longe o raciocínio, será possível que o betão mantenha com o capitalismo laços que não se limitem a aumentar os lucros de alguns, mas que vão ao ponto de fazer dele a materialização perfeita da lógica do valor mercantil? Este material, aparentemente inofensivo, a que os ingleses chamam concrete e os espanhóis e os brasileiros concreto, pode ser com efeito considerado o lado concreto da abstração capitalista.
A tese que Jappe procura construir é a de como um material inventado para poder oferecer construções melhores a preço mais baixo - indicado para as pessoas mais pobres - acabou por ser usado e abusado, sendo matéria base para qualquer construção. A razão é fácil: pouca necessidade de mão-de-obra qualificada e taylorização da indústria permitem maximizar lucros, pouco importando a qualidade e durabilidade. Qualquer parecença com as experiências portuguesas na ilha da Madeira não são pura coincidência.
Estamos, então, diante de um facto tristemente importante, e muitas vezes subestimado nas críticas correntes do capitalismo: após vários séculos de capitalismo industrial, este último já não surge às populações como uma tirania, um jugo de má vontade suportado, uma camisa-de-forças, da qual cada um só queira libertar-se o mais depressa possível. O capitalismo industrial conseguiu apresentar-se, tanto no centro quanto na periferia do sistema-mundo, como simultaneamente insuperável e desejável. A maior parte das discussões e confrontos incide, por conseguinte, sobre a repartição e não sobre a natureza do bolo, sobre o quantitativo e não sobre o qualitativo. Quantos metros quadrados para cada um... pouco importando se em betão se em pedra? Que quantidade de carne por dia - pouco importando que contenha antibióticos e dioxina?
Falando de carne, a relação entre o capitalismo e a comida não é de somenos. Na verdade, será das mais importantes:
No matter the menu, a constant of capitalism is that food needs to be available, cheaply, for workers to consume-for both profits and social order to be maintained, as we show in chapter 5. Cheap food has been central to the maintenance of order for millennia. In capitalism's ecology, that order has been maintained by tamping down workers' costs of feeding themselves and their families. This may seem trivial today, when transportation and housing account for larger shares of household income than the cost of food.
Para terminar, regresso a Piketty, que desmonta vários argumentos de uma assentada, muito em voga agora que votar ILiberal parece moda inocente. A propósito da razões que cada sociedade encontrou para justificar as desigualdades vividas, diz assim o economista francês:
Nas sociedades contemporâneas, trata-se nomeadamente da narrativa proprietarista, empresarial e meritocrática: a desigualdade moderna é justa, porque decorre de um processo livremente escolhido onde cada um tem as mesmas oportunidades de aceder ao mercado e à propriedade e onde cada um beneficia espontaneamente das acumulações dos mais ricos, que também são os mais empreendedores, os mais merecedores e os mais úteis. […]
O problema é que esta grande narrativa proprietarista e meritocrática, que conheceu uma primeira hora de glória no século XIX, após o desmoronamento das sociedades de ordens do Antigo Regime, e uma reformulação radical e com pretensões mundiais a partir do final do século xx, na sequência da queda do comunismo soviético e do triunfo do hipercapitalismo, parece cada vez mais frágil e conduz a contradições cujas formas são, por certo, muito diferentes na Europa e nos Estados Unidos, na Índia e no Brasil, na China e na África do Sul, na Venezuela e no Médio Oriente. Por essa razão, essas diferentes trajetórias, fruto de histórias específicas e em parte conectadas, estão, neste início do século XXI, cada vez mais estreitamente ligadas umas às outras. Só uma perspetiva transnacional pode permitir compreender melhor essas fragilidades e considerar a reconstrução de uma narrativa alternativa.
Nesta senda, não esquecer o valor do empreendedorismo e da meritocracia, nem a cor de pele ou o género dos mais ricos.
Muito mais haveria para explorar em Capital e Ideologia, que me chegou às mãos quando já estava com a minha revisão de literatura já feita. O livro colossal foi-me entregue por Ana Cristina Cachola, minha namorada, que incansavelmente reviu estes textos, ao longo do ano. Mas mais do que isso, ajudou-me a pensar e a estar mais atento a estes e outros temas. A ela, fica uma dívida incobrável e impagável, pois esta newsletter poderia sido muitas coisas, mas nunca teria sido melhor.
Termino com esta passagem de Capitalist Realism, e as coisas triviais que nada têm de banal:
To be bored simply means to be removed from the communicative sensation-stimulus matrix of texting, YouTube and fast food; to be denied, for a moment, the constant flow of sugary gratification on demand. Some students want Nietzsche in the same way that they want a hamburger; they fail to grasp - and the logic of the consumer system encourages this misapprehension - that the indigestibility, the difficulty is Nietzsche.
Bibliografia e leituras posteriores
[Normas Vicente, num 11 vencedor]
Uma História Popular do Futebol
A History of the World in Seven Cheap Things: A Guide to Capitalism, Nature and the Future of the Planet
Betão: A Arma de Construção Maciça do Capitalismo
Capital e Ideologia
Ministros da Noite: O Livro Negro da Expansão Portuguesa
Porque Deixei de Falar com Brancos sobre Raça
Culture and Imperialism
Potential History: Unlearning Imperialism
Uma Pequena História do Mundo
A Jornada da Humanidade: As Origens da Riqueza e da Desigualdade
Capitalism Realism: Is There No Alternative?
Este texto é pouco meu. Vive das citações, do estudo e do trabalho dos autores que citei. Creio fazer um bom enquadramento do maior problema que temos pela frente. Parece claro o dever que temos face a esta informação. Este é o legado que gostaria de deixar, com o fim de Latitude Ocasional. Obrigado a todos e todas que acompanharam o projecto ao longo do ano. As atenções viram-se agora para 12 Pessoas em Fúria, cuja primeira edição pode ser lida abaixo.